quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A viagem




O estado bruto das pedras dispostas a tua volta indicavam o medo e simbolicamente construías ali tua fortaleza.

Percorri o entorno, entre os signos dispostos nas paredes, os relevos e sinais dos teus sentimentos estavam riscados em vibrantes cores vermelhas, os dedos ásperos tinham as marcas de finos sinais de sangue. Escrevia tua história com as dores da tua alma.

Atravessei aquele vão estreito por onde ainda respiravas as madrugadas de relva úmida, as manhãs coloridas das estações, flores que enfeitavam teu olhar imerso nos meus.

Cheguei tão perto de decifrar-te.

Percebo no ar delineado o hálito frescor da manhã marcando tua Presença.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



...

Não sei quando voltarás, se voltarás ainda nesta vida. Mas, neste momento em que te sinto, o tempo não conta, deixou de existir, ficando apenas o amor que em nossas almas habita.

Não importa se, quando a manhã chegar já não existes aqui, se quando o Sol raiar se desvanecem as esperanças em mim, apenas agora, que nossos corpos partilham o mesmo ar que respiramos, que as almas se fundem numa única e verdadeira expressão do Amor eterno,

Importa sentir os dedos da eternidade embrenharem-se em nossos cabelos feitos de ventos de esperança.

(Uma Noite - Antonio Almas)