quinta-feira, 28 de outubro de 2010

um pouco




...não tínhamos muito, não tínhamos trilha sonora, não tínhamos um olhar de sonhos, sequer paixão, ilusões?
Não! Houve em nós um outro tempo, cativo em nossa infinita solidão.

...infinita também era a vontade que tínhamos de começar a sonhar, nos iludir, nos olhar, já tínhamos muito, faltava uma trilha sonora.

...ela foi feita de sons que não precisávamos verbalizar apenas sentir, o sopro quente da boca na pele ainda fria.

...esse Tempo de contemplação que os olhos suavemente engoliam, já não era solidão, e sim uma Presença constante, era o eixo que comportava tantas incógnitas.

...tínhamos agora uma equação, uma canção, um sonho, uma paixão,


Uma Ilusão!

sábado, 23 de outubro de 2010

Intersecção




Conjunto de Sentimento
Contido em cada Momento
Quando os corpos se Unem

Palavras
Anunciadas:
(Saudade que
Mata)

Um Conjunto
De Todos os Elementos
Que provocam Prazer.

Fantasias
Secretas!

Amor, um conjunto que
Existe porque Existe
O que está contido
Em um está contido
No Outro.

Trocamos nesse conjunto
A ordem das Palavras e
O sentido não se altera
É o mesmo.

As palavras que te dou
As mesmas de antes
Tão Nossas e Vibram o
Mesmo Sentido.


Nesse vão de Nós que se forma
Na ausência, Permanece a
Intersecção do que Carregamos
E ali naquele espaço

Nos Completamos!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Voz



A voz que me desperta
Tem o tom que despe!


Deixa-me
Nua!


A voz que me aperta
Tem o toque que me percorre
Em fogo!

Voz volátil Voz
Voa sobre meu corpo
Como se fora dedos!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mosaico



Um pouco de Pensamento
Desejo de Você!

Um pouco de Desejo
Teu Pensamento em
Mim!

Juntamos pedaços coloridos
Dos sentimentos, Unimos e
Sentimos.

Um pouco dos desejos
Que permaneceram nos
Pensamentos!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Elegia ao Poeta e a Tempestade!





Enquanto dormes na escuridão da Tormenta,
Desprendes-te e deixa teu corpo descansar.
Voas e ganhas um mundo de Paz no azul negro do céu.
Refrigera-te do fogo que te consome.

Em meio às folhas ora úmidas,
Em carícias de amante teus dedos brincam.
Sorris liberto ao vento que te toca!

É madrugada e trouxestes a calmaria das liras
A canção suave dos teus lábios
Sobre o meu corpo trêmulo repousou.

Quem ousaria despertar-me?

E sabes tua Alma o que me acorda
As Noites tempestivas, os pesadelos que me seguem,
A solidão que me consome. Sabes Tu o arquejo dos
 Sentimentos!

Estava silencioso e sereno teu olhar sobre a gota d’água
 ali no canto dos olhos.
Por que choras?
Sabes
Que venho, sei-te as horas, Sou-te alento!

Em compasso de uma dança ensaiada há muito tempo
Teus dedos de candura cerraram na escuridão meu olhar
Abraços se estreitaram na suavidade desse encontro.

Entrecruzados Nossos desejos cuidaram nada perder
Nem uma gota de prazer da boca fugir, antes matar-nos
A sede dos poros antes de partir.

Cá Eternamente vens com os Temporais e me tomas forte
Como os ventos que arrancam gemidos dos galhos.
A ti direi que és Tu!  Que me vens e depois partes.

Retornas, álacre na bonança da aurora

Despertando teu corpo na lembrança do meu!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Você e Eu




Sob a mesma chuva que nos acorda
O mesmo Sol que nos aquece
A mesma Lua que ilumina a Noite

Sob o mesmo céu

Contando Estrelas
Cantamos no ritmo do Silêncio

Sutilmente nos
Preenchemos dos vazios
Que nos cercam

Você e Eu.