
Encontrávamos tudo em seu lugar sempre, até mesmo os nossos sentimentos estavam em ordem.
Os sorrisos eram tão parecidos e cada qual no seu lugar.
Acostumamos-nos com os mesmos assuntos e o mesmo menear de cabeça.
As Paredes frias e coloridas alinhavam um ponto de equilíbrio dos nossos medos, encostados ali observávamos os movimentos ao redor.
Às vezes deixávamos nossos pensamentos retornar, fugíamos para nosso cotidiano selvagem, animal, lúdico, cromático, tão diferente e tão igual.
Haveria um dia, porém que observaríamos a impermanência dos dias e o movimento das horas, a transitoriedade do nosso olhar, a falta física da voz.
Naquele dia parecia que tudo estava tão igual, não fosse tua ausência um Prenúncio da distância que nos aproxima.